A cara de pau levou Fabi Saad a lugares inimagináveis na sua infância sonhadora de executiva que usava terno na faculdade e no Summit Jovem Sicredi compartilhou sua vida como mulher e empreendedora.
O empreendedorismo ganhou forças e asas nos últimos anos. A economia brasileira vêm sendo moldada pelo sexo feminino e apesar dos índices ainda serem baixos na relação de mulheres na hierarquia do setor público e privado – em 2018, segundo o IBGE, apenas 38% da classe feminina ocupava cargos de chefia no Brasil – aos passos lentos a realidade masculina está sendo destronada por um mundo nada rosa e sim, com múltiplas cores e fatores que fazem mulheres como Fabi Saad mudarem o mundo a sua volta.
Mas, é claro que a palavra caiu no clichê – com tantas pessoas tentando deturpá-la, o empreendedorismo feminino, apesar da sua força, virou chacota: pessoas que não conseguiram prosperar na vida adulta, utilizam esse palco assim como o do “propósito” para tirar algum tipo de vantagem e praticar falcatruas.
Com Fabi Saad as coisas não são bem assim, e ela enfatiza: “deem uma chance ao empreendedorismo feminino, quando ele é verdadeiro, ele transforma o mundo” – Ela transformou.
“Eu sou empreendedora,
Executiva
E empresária.”
Fabi Saad era daquelas meninas sonhadoras com a profissão, ao contrário de suas coleguinhas e amigas, ela já sabia que queria dominar o mundo dos empresários para mudar o final do substantivo para o feminino. Foi nesse caminho, que desde muito nova, começou a colocar a cara ao tapa social, tanto nos estudos e na vida, como no mercado de trabalho.
Desenvolvedora de aplicativos e colaboradora na área tecnológica, Fabi Saad queria mais: sua atividade em paralelo era a escrita – escrita para ser lida e por isso, de porta em porta foi solicitando não apenas uma leitura de seus artigos, mas sim, um contrato. Entre uma porta e outra (muitas fechadas), chegou até a jornalista Ana Paula Padrão, que junto de sua assessoria, depois de muita insistência de Fabi, deu a primeira oportunidade para a menina que escrevia sobre mulheres, mas também desconfigura a imagem da menina de Ipanema de Vinicius e Tom.
Lutando como uma garota, ela chegou na Forbes: eis que Fabi já estava no mundo da influência e falando sobre o que ela entende de mais valioso: o empreendedorismo e as mulheres. Fabi tinha histórias para serem escritas e contadas e, quanto mais ela mostrava ao mundo para o que veio, mais ela dava a cara ao tapa e mais ela conseguia.
As coisas caminhavam e até que um dia Fabi resolveu criar um blog que não demorou muito para se tornar a coluna Mulheres Positivas, no jornal paulista Estadão. No projeto, ela conta histórias de diferentes mulheres que são mulheres reais. Todas que empreendem de alguma maneira: seja dentro de casa ou no mercado de trabalho.
Depois de longos trabalhos, ela e, junto com a viabilização do governo estadual de São Paulo, criaram um aplicativo que auxilia mulheres vulneráveis e em situações de risco, denominado SOS Mulheres – funciona como um botão do pânico que, muito mais do que acionar segurança como a polícia militar, consegue ensinar e prestar ajuda para essas mulheres sobre independência financeira, autoestima, segurança em relação a ameaças sofridas e tudo que uma mulher em situação de risco que se sinta ameaçada ou coagida, necessita para continuar viva.
Formada em comunicação, Fabi é autora de dois livros com o tema empreendedorismo feminino: Dicas de Mulheres Inspiradoras no Comando de Suas Carreiras e Mulheres Positivas: o livro conta sobre a jornada de algumas personalidades, como Alexandra Loras, ex-consulesa da França, que trabalha com questões relacionadas ao racismo e o empoderamento da mulher negra; Leona Forman, fundadora da Brazil Foundation, que busca investimento nos EUA para projetos sociais no Brasil com foco em jovens e mulheres; Carol Celico, fundadora da Amor Horizontal; Tia Dag, fundadora da Casa do Zezinho; e fundadoras do Carlotas, Fabiana Gutierrez, Carla Scheidegger e Carla Douglas.
Para saber mais, acesse o site: http://www.fabisaad.com.br/