Como acontecem os processos criativos? O que é confiança criativa? O que acontece com o nosso cérebro quando criamos? Para responder essas e outras questões, separamos cinco indicações de livros sobre criatividade, tema que ganha cada vez mais espaço em discussões, principalmente quando pensamos nas mudanças do mercado de trabalho e como essa habilidade vem sendo cada vez mais procurada e estimulada pelas empresas. Escolha a abordagem que mais se encaixa com você e aproveite a leitura!
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O grande livro da criatividade, Jean Sigel, Julie Fank e Lívia Kohiyama
Este livro é a nossa grande dica, já que ele é nosso! Pois é, aqui reunimos os nossos conhecimentos, experiências e histórias para compartilhar com todos que querem estimular sua criatividade. Apresentamos 10 hábitos para despertar seu potencial criativo, com dicas, aprendizados, exemplos e exercícios que estimulam a sua criatividade.
O livro é um convite a uma jornada por alguns hábitos criativos que você pode incorporar a sua vida, como estimular e deixar sua imaginação voar, tolerar o erro, caminhar sempre buscando a simplicidade, ter mais curiosidade, entre outros. Aqui contamos um pouco como nós mesmo da Escola de Criatividade usamos esses hábitos em nosso dia a dia e nos projetos que desenvolvemos.
Confiança Criativa, Tom e David Kelley
Nem todos somos artistas, mas podemos ser advogados, médicos, gerentes ou vendedores mais criativos, e é isso o que os irmãos Kelley mostram nessa obra: criatividade, nada mais é do que uma abordagem proativa na busca por soluções.
Para Tom e David Kelley, fundadores da IDEO e da Stanford d.school, Confiança Criativa é a capacidade do indivíduo de acreditar em si mesmo e investir no seu potencial criativo. Nesta obra, os autores compartilham suas vivências e estratégias para exercitar a criatividade, fator fundamental para as empresas e seus processos de inovação.
Outro ponto abordado no livro e que gostamos de destacar é o que os irmãos falam sobre a importância de enfrentar os medos e encarar situações de fracasso como um aprendizado. Para isso, a obra traça um paralelo com o método “domínio guiado”, desenvolvido pelo psicólogo Albert Bandura para tratar as fobias de seus pacientes. De acordo com o Kelley, esse paralelo serve para mostrar como as pessoas que conseguem superar seus medos (que podem ser tanto fobias como o medo de ser julgado, por exemplo) passam a enfrentar melhor os desafios que aparecem em suas vidas, desenvolvendo mais confiança em si próprios.
O intuito do livro é mostrar ao leitor que todas as pessoas têm um potencial, que ele pode ser treinado e desenvolvido para gerar soluções e promover mudanças de impacto positivo na vida da humanidade.
De onde vem as boas ideias, Steven Johnson
Você já parou para pensar em quantas grandes ideias a humanidade já teve até hoje? Da invenção da roda até a Inteligência Artificial muita coisa mudou no mundo, certo? Mas como surgiram essas ideias? Esta é a pergunta que Steven Johnson busca responder em sua pesquisa.
O autor faz um verdadeiro mergulho na biologia e na história para entender como se deu o processo criativo por trás de duzentas descobertas e invenções. Com esses estudos, Johnson chegou ao que ele chama de sete padrões considerados fundamentais dos processos de inovação desenvolvidos pelo homem e pela natureza.
A obra, com caráter mais científico, busca explorar como as descobertas surgiram a partir de outras descobertas; as redes em que informações se chocam constantemente; as intuições lentamente construídas; as intuições acidentais; o aprendizado a partir dos erros; as invenções de uma área que encontram aplicação em outra; os processos generalizados de sedimentação do saber.
Libertando o poder criativo, Ken Robinson
O que é criatividade no mundo educacional e dos negócios? Ken Robinson argumenta que pessoas e empresas, no mundo todo, lidam com problemas originados na escola e nas universidades, e que muitas pessoas param de estudar sem ter um conhecimento verdadeiro das suas capacidades criativas.
A princípio, esse livro pode parecer ser destinado à professores e educadores, pois analisa como se dá o processo de perda de criatividade humana ao longo da vida escolar. Mas, tendo em vista que todos nós passamos uma boa parte da vida na escola, a obra também é um convite para pensar em como o modelo educacional engessa o pensamento criativo.
Robinson também discute o que pode ser feito para resolver os problemas encontrados no sistema educacional, qual o tipo de inteligência necessária para o sucesso acadêmico e profissional e como as pessoas podem resgatar e desenvolver o potencial criativo e inovador na vida adulta.
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Os criadores, Paul Johnson
Para falar sobre como a criatividade pode se manifestar, Paul Johnson estuda como grandes nomes da arte, literatura, moda e música trabalham suas habilidades inventivas. Shakespeare, Bach, e T. S. Eliot são alguns dos grandes criadores estudados.
Além do resgate histórico aos grandes nomes da história ocidental, o autor também cria paralelos entre artistas que representam ideias contrastantes, como é o caso de Dante e Chaucer, ou Picasso e Walt Disney, por exemplo. Dessa forma, é possível entender como pessoas da mesma área criativa podem apresentar influências, processos e resultados diferentes.
De maneira inspiradora e divertida, a obra busca falar sobre o trabalho dos criadores que fizeram a diferença no mundo moderno.
Cérebro Criativo, Shelley Carson
Nesta obra, a criatividade é abordada por outra perspectiva: o cérebro. Podemos afirmar com toda a certeza que o cérebro humano é o órgão mais complexo do nosso corpo, visto que tamanha complexidade ainda não foi totalmente desvendada e compreendida pela ciência, e um de seus maiores mistérios é justamente como funciona o mecanismo da criatividade.
Shelley Carson, psicóloga formada em Harvard, assim como os demais autores que citamos anteriormente, também defende que a criatividade não é um dom exclusivo, e sim uma habilidade inerente à todos. E, para mostrar como desenvolver essa habilidade, a autora criou “Modelos Cerebrais”, que ajudam a entender o que acontece no cérebro quando pensamos e, consequentemente mostra caminhos para ativar e explorar essas áreas, a fim de facilitar o fluxo de ideias.
Os modelos cerebrais propostos por Carson são chamados de: CONNECT (conectar), REASON (razão), ENVISON (visualizar), ABSORB (absorver), TRANSFORM (transformar), EVALUATE (avaliar), STREAM (corrente). Cada um deles é explicado na obra, com o objetivo de mostrar como eles afetam a maneira como vemos o ambiente ao nosso redor e mostrar de forma prática como cada um deles contribui para o processo de solução de problemas de forma criativa.
Mais livros
E você? Que outros livros sobre criatividade conhece ou já leu? Compartilhe conosco. Ou se quiser saber de outros livros, podemos compartilhar também. Temos uma infinidade de dicas de leitura. Só não esqueça de ler o nosso livro. Tenho certeza que vai gostar e se considerar ainda mais criativo.
Além de se aprofundar mais sobre o tema criatividade, com essas indicações você também se aproxima dos valores defendidos e aplicados pela Escola de Criatividade. Desenvolvemos projetos e trabalhamos junto às empresas para que elas possam construir uma cultura criativa e inovadora a partir de suas equipes. Conheça nossos cursos e palestras e saiba o que podemos fazer pela sua empresa.