O empresário Paulo Al-Assal visitou o festival South by Southwest, no Texas, Estados Unidos, um dos mais importantes eventos sobre inovação no mundo. Fundador e CEO da Evolv – que transforma o perfil de empresas de acordo com a realidade atual, tornando-as mais humanas – e parceiro da Escola de Criatividade em programas de liderança criativa e treinamentos, Al-Assal tem o objetivo de incentivar o olhar para o futuro e a adaptação à mudança da realidade, para que as empresas se transformem e busquem estratégias para evolução. E o SXSW combina muito bem com isso.
A criatividade no SXSW
“A gente vai para o SXSW para tentar ampliar nossa criatividade, aprender sobre temas que não são sobre nosso dia a dia, tendo como exemplo a saúde. Fui ver várias palestras sobre o assunto e isso abre a nossa cabeça”, comentou Al-Assal sobre sua experiência no festival, que contou este ano com cerca de 3.000 palestras e 80 mil participantes.
Com tanta diversidade e confluência de conteúdos, o problema é saber por onde começar. “A minha dificuldade foi fazer uma curadoria correta, acabei passando pelo FOMO”. O termo é usado para explicar a sensação de ficar de fora, ou “fear of missing out” em inglês. “Mas consegui ver umas 30 palestras, aprendi desde os novos usos da cannabis até psicodélicos, e ainda liderança, blockchain, cidade e mobilidade.”
Inteligência artificial e relações humanas
No meio dessa grande variedade de assuntos, um ponto constante que mais chamou a atenção de Al-Assal foi a maneira como a inteligência artificial passou a dar lugar para as questões do ser humano. “Esse ano voltou a se falar muito das relações humanas, mesmo com a tecnologia ainda presente. Temas sobre como melhorar a relação entre as pessoas, voltados para uma questão dos valores dentro e fora das empresas que querem melhorar a vida do próximo. Nada de radicalismo”, afirmou o empreendedor, que usa a mesma filosofia na Evolv.
O SXSW, portanto, é uma oportunidade para também se discutir as causas e os propósitos junto ao seu papel na sociedade, a fim de desenvolver uma liderança mais humana. Paulo buscou, no festival, trazer ainda mais este conceito para sua empresa, que utiliza estratégias criativas para a transformação.
O Brasil no SXSW
Al-Assal ainda comentou sobre a participação do Brasil no SXSW. “Eu tenho orgulho quando vejo o país representado em um evento como esse. Foram, em média, 1500 brasileiros espectadores. Só falta mostrar quem é realmente o Brasil nas palestras.”
A expectativa é que o Brasil se torne mais relevante no ramo criativo e de inovação e que, cada vez mais, abra as portas do país para novos projetos e que se torne referência na área.