Há tempos os recursos naturais estão se esgotando devido a nossa exploração negativa. O assunto está em alta e é necessário: sustentabilidade – um estilo de vida que além de salvar o planeta, nos faz mais criativos.
Os recursos naturais são esgotados cada vez mais, dia após dia, pelo homem – por nós. O assunto está em alta sobre os efeitos negativos que causamos em nossa mãe natureza, assim como o novo estilo de vida também vem ganhando pauta: a sustentabilidade.
As nossas organizações como sociedade, política, trabalho, educação e cultura nasce de uma vertente natural, das nossas origens. Acabamos maravilhados com tudo que a natureza tinha a nos oferecer e começamos a explorar sem dó algum ou despreocupados com o amanhã. Mas o amanhã é hoje e uma hora a conta chega: faz tempo que estamos endividados com o bem natural.
Em passos lentos, um movimento começou a causar alerta sobre o que estamos fazendo com o mundo em nossa volta, poderíamos chamar de uma onda sustentável ou uma nova ecologia – um movimento que se importa e se conecta verdadeiramente com a natureza. Afinal, ecologia nada mais é do que o cuidado com a vida.
Da revolução industrial para cá, houve uma guinada expressiva ao materialismo exploratório da natureza, em um sentido muito funcional, para atender necessidade e desejos humanos. A quantidade de lixo que produzimos diariamente é resumido em números absurdos. Estamos perdendo dinheiro, recursos, poluindo o mundo e transformando nossa casa a cada dia em um lugar mais inabitável e intragável.
Em 2018, no Brasil,
foi produzido diariamente,
cerca de 255 mil toneladas de lixo.
Colocando a cidade de São Paulo como
a maior produtora de resíduos, atingindo 19,3 toneladas por dia.
A situação é tão agravante que existe uma estimativa de que em 2050 haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. Além disso, este material carrega substâncias químicas que contaminam a água. As microfibras de plástico que se desprendem de pneus, roupas sintéticas e outros materiais, já estão presentes na nossa água encanada – em 83% das amostras.
Para tentar mudar esta realidade e salvar nosso planeta, o novo estilo de vida pode ser procurado em qualquer meio midiático (é só dar um Google), cada vez mais as pessoas têm adotado a sustentabilidade em seu dia a dia como forma de um novo comportamento e consciência.
Como podemos ser sustentáveis e dar o primeiro passo?
Vamos começar pela maior onda e polêmica: o canudinho.
Apesar de apresentar apenas 4% de todo o lixo plástico do mundo, ele vem sendo a primeira onda de mudança de comportamento social e comercial. Feito de poliproleno e poliestireno (plástico), não é biodegradável, podendo levar até mil anos para se decompuser no meio ambiente. Sua produção contribui para o consumo de petróleo, uma fonte não renovável. Além disso, seus efeitos são catastróficos na vida marinha e urbana.
Para acalentar este problema, o canudinho de plástico ganhou algumas Leis Municipais proibindo seu uso e também foi substituído por materiais que podem ser reutilizados e são biodegradáveis, como por exemplo, canudos feito de bambu, canudos de silicone, papel, palha, vidro, metálico, bombas de chimarrão e alguns outros formatos que ainda estão sendo testados.
A tendência vem tomando espaço, mas ainda temos sérios problemas com o lixo e é por isso que queremos ensinar a você que separar o lixo não é chato e ainda pode desenvolver a sua criatividade como uma atividade regular e semanal.
Separando o lixo e salvando o mundo
A quantidade de lixo que passa por reciclagem hoje no Brasil é de apenas 3% do total de resíduos produzidos. Apesar da Lei Nacional de resíduos sólidos – ter sido aprovada em 2010, as mudanças só começaram a aparecer a partir de 2015. Porém, temos a consciência de que para começarmos a salvar o planeta, precisamos aprender o quanto antes a cuidar sobre qual fim damos ao nosso lixo.
Pensando nisso, separamos algumas informações e dicas para te ajudar (e nos ajudar, também) a cuidar resíduos que produzimos:
– SEPARE O SEU LIXO DE RECICLÁVEL E ORGÂNICO: procure ler sobre a diferença de resíduos orgânicos e como se dá a separação deste lixo, incluindo lixo do banheiro, produtos químicos e alimentos. Nem toda embalagem é reciclável – mas lembre de lavá-las todas e separar corretamente.
– DIA DA COLETA: depois da separação do lixo, descubra qual é o dia da coleta seletiva na sua rua. Se não houver na sua cidade (apenas 18% dos municípios brasileiros têm), movimente-se para organizar uma coleta! Enquanto isso descubra uma associação de catadores para encaminhar seu lixo reciclável.
– DESCARTANDO O LIXO RECICLÁVEL: colocar na rua nos dias de coleta seletiva ou combinar dia e horário com um catador de lixo ou uma associação de catadores para que eles recolham o lixo reciclável na sua casa. Depois que o lixo sai da sua casa, ele vai para centrais de triagem onde é separado por material pesado, prensado e vendido para empresas de reciclagem.
– O LIXO ORGÂNICO NÃO PRECISA IR PARA O ATERRO SANITÁRIO: a criatividade é agora – descarte a possibilidade de jogar seu lixo em um aterro, aterro é um local estabelecido e ainda faz parte do mundo, ou seja, o lixo que vai para lá continuará sendo lixo e poluindo os ares. Cogite a ideia de criar sua própria composteira, que transforma todo o material orgânico em adubo! Uma composteira é o lugar apropriado para que a decomposição desses resíduos aconteça. Nela, a decomposição ocorre do jeito adequado, com oxigênio, com a ajuda de minhocas ou do calor e se fizer tudo direitinho, sem cheiro ruim.
A sustentabilidade tem infinitas vertentes, mas resolvemos começar pela educação do nosso lixo. A natureza e o mundo estão pedindo socorro e precisamos ouvir. Uma rotina de recusar lixo, reduzir, reutilizar reciclar e compostar é uma forma criativa que nos ensina a buscar novas possibilidades de viver e manter o universo vivo, como nossa casa.