Sem palavras, sem escrita e sem livros não haveria história, não poderia haver conceito de humanidade. Hermann Hesse
Todos que leem viajam dentro de cada um dos livros. Não importa se é ficção ou qualquer outro estilo. O que vale é que o livro é um portal para um mundo de imaginação. Qualquer coisa vira realidade no mundo dos livros, seja ele em papel ou virtual. Você não só aprende mais vocabulários, mas também a viajar a diferentes mundos, sonhar em ser qualquer personagem. Às vezes, você mergulha tão fundo na história que perde a noção de realidade e acaba vivendo junto com os personagens. Já te aconteceu isso? Para mim isso é muito comum. Numa das leituras desse ano, a trilogia 1Q84 de Haruki Murakami, passou a existir três mundos – 1984, 1Q84 e os meus sonhos. Porque toda noite eu sonhava que estava no mesmo mundo que Aomame e Tengo, mas nunca conseguia falar com eles. Era um desespero, já que queria ajudá-los. Mas eu só me afundava ainda mais num mundo estranho e paralelo, porque estava ao lado dos personagens, mas não conseguia fazer contato. Isso só acabou quando li a última linha do livro.
Um leitor apaixonado tem seus livros prediletos, os livros de cabeceira, os livros de inspiração, os livros para momentos felizes, os livros para tempos difíceis. Tem aqueles que gostam de compartilhar… os próprios livros ou as dicas de leitura. Eu sou mais daquelas que compartilham as dicas, porque os livros são xodó. Meu apego aos livros é muito grande. Parece que fazem parte da minha vida. Cada uma das histórias foi vivida intensamente com todos os personagens. Não dá para sair distribuindo. Minha vida não é um livro aberto. Minha vida são milhares de livros, isso sim.
Tem leitor que gosta de um único estilo – só auto-ajuda, só policial, só romance, só negócios. O meu estilo é de todos. Gosto de variar. Crio metas por temporada. Já tive temporada que só lia livros de autoras mulheres. Depois só lia livros de criatividade. Em outros tempos só lia livros sobre mulheres, ou só os clássicos. Já passei também pelos livros de autoras negras. Ou livros que começam com a letra L. Ou também livros com capas inusitadas. Ou livros de autores japoneses. Agora estou na temporada de livros de diferentes países. Tenho uma lista de países e os livros contemporâneos de autores desses países. Sabe o que percebi? Que mesmo em tempo de pandemia, já viajei para mais de dez países diferentes, sem descumprir as regras de isolamento social.
Já tive mania de anotar todos os livros que lia. Em um dos anos cheguei à marca de 260 livros. Não era nenhuma competição, já que só eu sabia dessa informação. E também nunca fui premiada por isso, só com o próximo livro à disposição. Agora leio por ler, sem tomar notas ou contabilizar. Minha mania atual é ter uma lista universal, que inclua livros para todos os gostos – dos clássicos aos blockbusters. Quero simplesmente ter tempo para ler o que aparecer nas minhas mãos. Ou nas listas infindáveis de dicas de leitura. Ou os livros empoeirados da cabeceira da cama.
Texto escrito e publicado em comemoração ao dia nacional da leitura e ao dia mundial do livro.
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