“O que você quer ser quando crescer? Como se crescer fosse algo finito. Como se a certa altura você se tornasse algo e ponto-final.”
Em 1964, especificamente no dia 17 de janeiro, nascia em Chicago, a primeira-dama negra dos Estados Unidos. Michelle LaVaughn Robinson Obama é mais: advogada, formada pela Universidade de Harvard; escritora norte-americana; 46ª primeira-dama e ativista de inúmeras causas que permeiam os direitos das mulheres, hasteando sempre a bandeira da qualidade educacional pelo mundo. Proporcionando um ensino que estimule crianças no seu desenvolvimento socioemocional e de alfabetização.
Educada pelos pais para trabalhar duro, mas conseguir gargalhadas com certa frequência e sempre lembrando de honrar sua palavra. Pensar com a própria cabeça e a cabeça do outro, é a lição que Michelle sempre recebeu de sua mãe, aprendendo a olhar para a realidade fora da sua bolha e se colocar à disposição na construção de uma comunidade prestativa e empática.
Desde criança, a primeira-dama dos Estados Unidos foi educada à enxergar o valor da sua história e da história do seu país, no estado mais amplo. Suas raízes, imperfeições e perfeições. “Minha mãe sempre nos dizia que a nossa história é o que temos, o que sempre teremos. É algo para se orgulhar”, compartilhou no maior evento de educação que acontece em Doha, no Qatar: Wise.
Incentivada à demonstrar seus sentimentos, ter liberdade nos estudos e promover a sua produtividade, Michelle sempre foi impulsionada (ela e seus irmãos) pelos pais, sobre aprender e também a compartilhar experiências. Criando o entendimento de que, a educação depende sim, da ponte escolar, mas ela também começa na mesa posta ao horário de almoço ou na brincadeira com as crianças do Bairro – em qualquer lugar e em qualquer vivência. Dependendo dos professores, porém, como colaboradores de uma educação, contando com a ajuda dos pais e de toda a comunidade do bairro onde vivia, South Side em Chicago.
“Quando eu era criança, tinha aspirações simples.
Queria um cachorro.
Queria uma casa com escada – dois andares para uma família.
Por algum motivo,
queria uma perua de quatro portas em vez do Buick de duas portas,
que era a menina dos olhos do meu pai.
Eu falava para as pessoas que, quando crescesse, seria pediatra.
Por que? Porque adorava crianças pequenas
e logo aprendi que a resposta era agradável
aos ouvidos dos adultos.” – Michelle Obama em Minha História.
Holofotes na educação
Michelle Obama é a grande ativista por uma educação mais consciente do seu ensino e inovadora. Não é atoa que participou da programação do #WISE em 2017 como grande influenciadora deste tema, sempre apontando os holofotes para atletas profissionais, músicos e celebridades de Hollywood, questionando como eles poderiam contribuir para auxiliar os jovens a enxergarem a educação como uma prioridade?
Logo que tomou seu posto como primeira-dama, lançou o programa para reinventar os cardápios dos refeitórios escolares de todo o país. Michelle tomou frente na campanha pela alimentação saudável, evidenciando que tudo estava interligado ao desenvolvimento educacional: alimentação, saúde, lazer, raciocínio lógico e emocional. Tornou-se assim, uma defensora da educação principalmente das meninas, levantando para todo o mundo, e fazendo acontecer nos Estados Unidos e com muita força na Espanha.
A advogada teve a educação como o seu ponto de virada, mudando o script com seu projeto educacional, iniciado em 2015, conquistando o maior número de jovens na história dos EUA formando-se no ensino médio e ingressando em uma universidade. Para ela, os professores são os verdadeiros heróis, mas os pais também: “são eles que estão nos momentos mais sombrios dos jovens. Sem contar a comunidade, que exerce grande papel, mostrando que os jovens têm algo a oferecer, independentemente de onde eles vieram, de como eles se parecem, de classes econômicas, de qual língua eles falam e como eles podem ser milhares de profissões e personas, quando crescerem, construindo seu lugar neste país”, diz.
Os primeiros anos de vida, são fundamentais para a construção de habilidades cognitivas e socioemocionais que serão carregadas por até a fase adulta. Nos diversos projetos em que Michelle estimula essa nova forma de educação, ela categoriza como essencialmente válido o ensino destas habilidades, mostrando quais são seus benefícios: capacidade cognitiva acelerada; estimular comportamentos sociais saudáveis e responsáveis (menores índices de obesidade, hipertensão, doenças cardíacas, envolvimento com criminalidade, álcool e cigarro); aumenta o QI (Quociente de Inteligência); e melhora a perspectiva de futuro (diferença de até 25% no rendimento na vida adulta).
A Escola de Criatividade, além de admiradora das lutas de Michelle Obama, também abraça a causa por uma educação de mais troca e menos protocolos. É de fundamental importância proporcionar vínculos saudáveis com adultos preparados, que estimulem e facilitem o processo de descoberta do mundo das crianças.
Tudo que vivenciamos no #WISE2019 transformamos em palestra e workshop. Para mais informações, entre em contato conosco pelo e-mail imagine@escoladecriatividade.com.br.