Este livro é um intruso e ele vai te incomodar um pouco: o grande livro reúne experiências, aprendizados e conhecimento do longo caminho em que a Escola de Criatividade ousa existir.
Criatividade é um assunto bem sério. E é também a palavra mais importante de todos os tempos da última década. É a habilidade apontada pelo Linkedin como uma daquelas que todo profissional deste século precisa ter. Em primeiro lugar, claro. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a criatividade está entre as dez principais habilidades que você tem que ter e, recentemente, foi promovida a uma das três primeiras. É aquilo que, se você pudesse, compraria no supermercado.
Se você a encara como um monstro, aqui está a Escola de Criatividade para te ajudar a olhar para ela de um jeito menos ressabiado. E se você ainda a encara como um clichê, a gente vai dizer que, sim, você está certo, mas as coisas podem ir muito além disso. A criatividade não é regida por fios invisíveis num palco de teatro. É ela quem é a marionete se soubermos identificar os fios.
O parágrafo acima faz parte d’O Grande Livro da Criatividade, escrito, projetado e traçado por seis mãos: Julie Fank, escritora, mestre em Literatura Comparada, doutora em Escrita Criativa e fundadora da Esc. Escola de Escrita; Lívia Kohiyama administradora e especialista em diferentes áreas por curiosidade, responsável por tudo acontecer na Escola de Criatividade; e Jean Sigel, co-fundador da Escola de Criatividade, certificado pela Universidade de Starford/DSchool em Inovação.
Para todos eles, escrever O Grande Livro da Criatividade foge qualquer padrão tradicional do mercado editorial. Muito além de compartilhar histórias e conhecimentos adquiridos durante longos anos de existência da Escola, O Grande Livro carrega um movimento do qual todos nós temos o direito e dever em fazer parte. Lá, onde tudo começou com Jean, Eloi e Lívia, a Escola de Criatividade sonhava em compartilhar seus hábitos e mostrar para o mundo que a inovação, a mudança e a arte de criar, depende unicamente das pessoas. Hoje, a Escola não só consegue plantar essa semente e gerar frutos por onde passa, como também, é referência quando o assunto é criatividade.
Nas entrelinhas com os autores
Sempre em movimento e tentando sobreviver as mil tarefas em seu dia de 72 horas, Julie Fank ressalta: falar sobre criatividade no momento em que a criatividade é vendida como commodity, é um desafio. Para ela, a dificuldade de entendimento é perceber que a criatividade é um processo e uma área que vem sendo pesquisada, pelo menos, desde a década de 60.
Então, criar o livro e pensar que ele precisava ser um livro referência para uma empresa que é referência neste assunto, não poderia ser um trabalho simplesmente de compilação dos hábitos criativos – que é o eixo da Escola de Criatividade, mas, sim, entender a experiência da Escola e, principalmente, buscar uma biografia, que além de ser a base para da Escola, foi base antes para os pesquisadores (que também balizam a Escola). Escrever este livro foi construir uma árvore genealógica bibliográfica do que é o entendimento da criatividade como um todo.
O sentido de construção permeia o conceito dos três autores, inclusive o de Lívia, a mulher que faz tudo acontecer no ambiente da Escola. É ela quem começou a projetar as páginas deste livro há uns 5 anos: Escrever nosso próprio livro sempre foi nosso sonho. Nós construímos a metodologia dos 10 Hábitos Criativos imaginando um livro no futuro, para conseguir mostrar na escrita o nosso conhecimento – ou parte dele – nas entrelinhas. Imaginávamos e projetamos a concretização deste sonho. Foram inúmeras ideias e rabiscos até começar a desenhar o livro e escrever em 6 mãos, juntamente com a Julie. Coletando nossa vivência, experiências, atendimentos aos clientes, trabalhos, na construção junto com amigos: tudo isso é resultado de quem somos e do que a Escola é. Por isso, o livro nada mais é do que um extrato da maneira como trabalhamos com a criatividade – nosso mantra. Longe de um livro tradicional, queríamos algo que fosse literalmente criativo, um formato que transmite verdadeiramente a ideia e a cara da Escola de Criatividade – envolvendo o funcionamento de todas as páginas e mercado editorial. Em cada letra, cada título e cada ponto e vírgula, foi pensado como uma experiência para o leitor, sendo igual a todas as atividades que a gente faz: queremos sempre que as pessoas tenham experiências, mergulhando no universo da criatividade e seus hábitos – conta.
Como toda história que se preze existe um artista, um narrador e protagonista, na narrativa da Escola de Criatividade não é diferente e quem sobe aos palcos para levar os hábitos e mostrar que a inovação e a criação é feita exclusivamente por habilidades humanas, é o co-fundador Jean Sigel.
Jean acredita que o trabalho de criação d’O Grande Livro, nada mais é do que a Escola sempre tenta levar em suas oficinas: uma cocriação. Não há nada de errado em valorizar a ideia do outro e tê-la como referência, isso também é criar, ressalta.
O Grande Livro foi feito com cuidado e profundidade como se estivesse sendo construído uma obra de arte. Uma construção lenta e minuciosa para cada linha representar nosso discurso verdadeiramente. Para que ele saísse da maneira que imaginamos: um livro que as pessoas se identificassem com ele, um livro que fosse simples de ser comunicado, ao mesmo tempo com uma profundidade muito grande aos conceitos, hábitos e exercícios – queríamos sair de um formato engessado e raso. Assim, usamos a nossa prática, abordando acertos e erros, mudanças e tudo o que passamos e assistimos na prática sobre inovação. Foram várias entrevistas e trocas de histórias com o mesmo objetivo: um livro – uma obra de arte para ser admirada, tocada, usada pelas pessoas – tanto profissionalmente como para a vida pessoal. Uma mudança de negócio ou de vida. E nesse caminho de construção, houve muita mudança, porque inovação é isso! Queremos que os leitores sintam-se participando de toda essa história, lendo e manuseando o livro na ordem que preferirem, ressaltando sempre, que não há guia e nem fórmula, mas que a criatividade é para todos.