O Brasil e sua educação com inúmeros projetos que não saem do brainstorm, necessita reavaliar seu currículo e começar a olhar o ensino como uma porta para que alunos aprendam a aprender.
Que o nosso sistema educacional carece de fundos financeiros e investimentos de qualidade, estamos fartos de saber. É por isso que ano após ano, esperamos mais do poder público. Esperamos o básico que é de nosso direito: uma educação de qualidade. Infantil, Médio, Técnico e Superior.
O MEC sofre instabilidade constante em sua pasta, nos mostrando que nossas escolas estagnaram na maneira de educar suas crianças, ainda no século 19. Esquecendo, muitas vezes, que a educação têm papel fundamental na formação do ser humano. É na Escola que desenvolvemos conhecimentos, laços de amizade, contato humano e o que deveria receber grande relevância: o autoconhecimento.
São em nossos primeiros dias de aulas que descobrimos se gostamos da física ou se preferimos a tabuada do nove. Se o laboratório de química é mais divertido do que falar sobre Machado de Assis. Se amamos o corpo humano, ou se gostamos mais do universo das plantas. Ou se gostamos de tudo junto, ou um pouco de cada. Mas, será que aprendemos as nossas verdadeiras habilidades, aquelas que são tão fundamentais para o mercado de trabalho?
O mundo está sempre em seu processo de metamorfose e para que possamos acompanhá-lo é preciso que a educação o acompanhe também. Para isso, a criança do hoje deverá entender muito bem sobre suas habilidades e capacidade de aprendizagem para ser o adulto do amanhã.
Poderíamos citar inúmeros países que têm como principal referência o modelo de educação, porém, sabemos da nossa realidade e da nossa geopolítica. Temos a consciência de inúmeras crianças que buscam refúgio nas escolas, tanto para matar a fome como abrigo familiar; que em muitos lugares do mapa brasileiro, há escolas sem energia, sem condições físicas e psicológicas para existir. Se não temos essa consciência, ao menos, deveríamos ter.
Mas, partindo para o pressuposto de que um dia teremos escolas dignas para todos, desenvolvidas pelo poder público, vamos ao fato: o que nossas escolas deveriam ensinar para a sobrevivência no futuro?
O que precisamos?
A educação básica precisa ensinar muito mais do que acumular dados, precisa ensinar seus alunos a aprender a aprender. É preciso conservar o básico de ensino e dar espaço para artifícios relevantes ao mercado de trabalho: como economia sustentável, criatividade, desenvolvimento de habilidades e resiliência. Os alunos precisam aprender a pensar, questionar, pesquisar e desenvolver suas ideias – tirá-las da massa encefálica e colocar no papel e na prática. A realidade do amanhã é multidisciplinar, e precisamos ensinar as crianças a serem também, fazendo parte das novas exigências da globalização. Os novos tempos são de construção em conhecimento em redes, ensinando sobre trabalho colaborativo e disseminação de ideias e opiniões.
Hoje, estamos estagnados, aterrizamos no século XIX sem um consenso nacional sobre o que o aluno deve aprender a cada ano que se passa. As escolas devem se preocupar mais em desenvolver seus alunos para si próprios e para a comunidade, de maneira autônoma, formar pessoas capazes de trabalhar e ávidas por se atrever a criar coisas para mostrar não apenas aos seus professores, mas para o mundo.
Um exemplo de ensino para os adultos do futuro
Um projeto desenvolvido por um professor brasileiro ficou entre os dez finalistas do prêmio Global Teacher Prize. O professor Wemerson da Silva Nogueira foi escolhido Educador do Ano de 2016.
O professor escolheu um tema atual para despertar o interesse de seus alunos: a contaminação do Rio Doce após o rompimento da barragem em Mariana. A partir de análises de água contaminada, Wemerson desenvolveu uma metodologia para que seus alunos entendessem melhor a tabela periódica. Ele e sua turma também desenvolveram um filtro para melhorar a qualidade da água em comunidades que vivem em regiões contaminadas.
Esta iniciativa começou em uma escola periférica no Espírito Santo, São Paulo.
Quando empresas abraçam a causa da educação
Aqui pertinho
A Escola de Criatividade desenvolveu uma metodologia própria chamada Hábitos Criativos, baseada em resgatar e praticar hábitos criativos que todos possuímos e que por diversas razões ao longo da vida são desestimulados, bloqueados ou até mesmo esquecidos.
Os Hábitos Criativos podem ser aplicados e incorporados em diversas situações em que uma empresa ou escola se encontra, principalmente para destravar o processo de geração de ideias e preparar o ambiente para o processo da inovação. Aplicamos esse método em todas as atividades que oferecemos, sendo elas cursos, oficinas, palestras e eventos criativos.
Ainda dá tempo de desenvolver a criatividade que está guardada em você. Embarque neste movimento com a gente!
O que fica de reflexão?
Qual o papel da Escola? O papel de um professor na vida de uma criança?
O poder que o professor ocupa na infância e na formação dos seres humanos, é indiscutivelmente gigantesco e quando utilizado de forma verdadeira, pode ser transformador para uma vida inteira.
Quem não se lembra de uma professora lá na infância que marcou sua vida positivamente?
Não são apenas as novas ferramentas, sistemas, ou as tecnologias, que podem estimular uma nova geração de criativos. No final das contas, as pessoas são as ferramentas mais poderosas. O ser humano que impacta outro ser humano na essência. Um pai, uma mãe, a avó, um educador, são as relações de confiança, atenção plena e estímulo que serão determinantes para criarmos crianças e jovens mais criativos, confiantes e transformadores. São pessoas que estimulam canais de expressão e talentos. Afinal, o que precisamos nesse mundo atual, não é um exército de repetidores mas de uma legião de criadores.
Vamos construir uma educação criativa?